terça-feira, 2 de outubro de 2012

40 graus



No ritmo da temperatura, calorzão , 2 camadas

Snif!


Post: Pelo direito de ficar triste

* Escrito por Bruno Rodrigues

“Não é a felicidade que me interessa. O que me interessa é a vida, é a intensidade das experiências, boas e ruins. Se tiver que curtir uma dor porque morreu meu pai, ou meu cachorro, ou me separei de alguém que amava, é para chorar mesmo, e chorar é legal, faz parte de sentir a experiência.”
- Contardo Calligaris
Vive-se uma época onde se instituiu que ficar triste é proibido. Pessoas se enchem de remédios para não ficarem tristes, recorrem a fórmulas mágicas que prometem alegria constante, acreditam e abraçam supostos gurus que prometem uma vida só de sorrisos. Essas pessoas fogem o tempo todo da tristeza, sendo que ela faz parte da vida. Ficar triste é normal e necessário, o problema é “ser triste”. A vida é feita de experiências, agradáveis ou não, e enriquecedoras ao mesmo tempo.
Antes de mais nada, quero deixar bem claro que não faço aqui uma apologia à tristeza, mas convido a uma reflexão em torno da postura de querer exterminá-la a qualquer custo.
“É melhor ser alegre do que ser triste / Alegria é a melhor coisa que existe” já escrevia Vinicius de Moraes na canção “Samba da Benção”. Só se conhece a alegria por existir a tristeza para compará-la, são opostos, impossível viver só de alegria, isso seria irreal, do mesmo modo que alguém que só viva de tristeza.
A tristeza não é um sentimento, ela é uma emoção, pode surgir devido a milhares de situações diferentes e inclusive em momentos onde aparentemente não se tem nenhum motivo para ficar triste. Quem nunca ficou triste sem motivo? Na verdade motivo sempre existe, causa sempre existe, (pode ter sua origem inclusive em nosso organismo, pela alteração de determinados hormônios), mas nem sempre sabe-se qual a origem. Os momentos de tristeza convidam à introspecção, à reflexão, ao autoconhecimento. Grandes obras nasceram de momentos de tristeza. Renato Russo dizia que foram nos momentos de “fossa” que nasceram suas mais brilhantes canções. Para quem não sabe na sua juventude ele ficou por dois anos sem sair da cama, devido a uma doença rara, ali aproveitou para ler muito, e ao sair da cama em duas tardes, aliás, em apenas duas tardes, embaixo de uma árvore ele escreveria Faroeste Caboclo, de uma só vez, sem mudar uma vírgula sequer.
Algumas pessoas usam a tristeza como desculpa, se escondem atrás dela, optam por viver uma vida triste, sem graça, apagada, mas isso por não terem a coragem de serem plenas em suas vidas, preferem o papel de coitado, de vítima, ao de protagonista.
Viver triste é uma coisa, ficar triste é outra. Ser uma pessoa sempre triste é preocupante, mas ficar triste é normal, natural. Busca-se o controle de tudo até das emoções. Se permita ficar triste, aproveite para observar o que ela tem a lhe dizer e que possa utilizá-la como motivação para seguir em frente, como força para buscar restabelecer os momentos de alegria, mas não fuja a todo custo da tristeza, as consequências não são agradáveis. Agora, se a tristeza demorar a passar, ou se lhe trouxer prejuízos no campo emocional, busque ajuda de preferencia profissional.
A tristeza tem muito a nos dizer, se a causa é conhecida, é a oportunidade de buscar uma solução e se não existe solução é o momento de aprender a lidar com a situação. A tristeza faz parte da vida, aproveite os momentos de tristeza, converse com ela, a sinta e sinta o que ela tem a dizer.
__________________________
*Bruno Rodrigues
É psicólogo clínico com consultório em Alphaville, apaixonado pela vida, amante dos bons livros, ex-sedentário, futuro ex-obeso, viciado em Pro Evolution Soccer. Adora dar palestrar e dificilmente diz Não para uma boa festa

Direto de Blog: Sobre a Vida
22 de Setembro de 2012 8:00

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Gostosa demais!


Coração a batucar
Maria Rita
Batuque o coração para me ver chegar
Que eu abro meu cordão quando você passar
E o nosso bloco sobe a ladeira da ilusão
De pé no chão...
Batuque o coração que a gente é carnaval!
E nada irá conter essa folia
Atrás do nosso amor
Até quando esse samba tocar
Vem marcando em nosso peito
Coração a Batucar
Pra gente ser feliz
Pra gente desfilar por essa vida

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Grandinho!


Post: O que torna você adulto?

Temos uma falsa ilusão de que ao completar 18 anos depois início à vida adulta já que somos responsáveis legais por nossos atos. Muitos se acham semi-prontos para dizer que são plenos adultos e ao completar 30 anos o ciclo de presunção se fecha, nada mais precisa ser feito para avançar já que os estudos e a vida profissional já estão traçados. Grande engano! Psicologicamente a maior parte das pessoas não está formada com os pré-requisitos básicos que uma vida emocional adulta exige se você não quer ser visto como um tolo.

Você só é um adulto quando age como um adulto de fato
1- Responsabilidades

A criança costuma ser poupada de prazos, datas, custos e compromissos. Até porque nem tem os recursos cerebrais capazes de identificar essa série de informações. O sentimento infantil, portanto, é poupado do lado prático da vida e ela é acostumada a viver num espaço psicologicamente protegido em que tudo pode acontecer e os seus sonhos são plenamente atendidos.

Os adultos precisam lidar com uma burocracia necessária para proporcionar conforto à si mesmo e os entes queridos ao seu redor. A felicidade tem um preço que não cabe apenas à boa vontade. É preciso assumir e responder por cada ação que você tenha.

A maior parte das pessoas foge das leis, das regras instituídas e foge do bom senso, além disso negligencia engrenagens como horários marcados, datas, prazos de entrega e gentilezas de bom convívio. Essa subversão aparentemente ingênua é tão nociva para a vida coletiva que numa escala maior causa muita confusão para o funcionamento de um país. Uma centena de milhões de engrenagens funcionando mal criam uma máquina ineficiente para gerar felicidade coletiva. O seu descaso com o relógio atrasa o mundo.

2- Problemas

Os problemas que uma criança tem são próprios dos que os pais expõe, o nível de simplicidade de absorção é bem diverso em lidar com um brinquedo ou outro onde nenhuma consequência.

A vida adulta tem problemas que devem ser encarados de frente e com responsabilidade, sem fugas ou improvisos.

Os adultos-crianças gostam de fingir que nada está acontecendo. Vivem no mundo da lua e tentando resolver um problema passando a batata quente para mão do vizinho. Para isso reclamam como bebê, culpam os outros, justificam cada atitude, enfim, não resolvem nada e seguem a vida brigando com fantasmas externos que ele cria e sustenta.

3- Negociação interna

As crianças não tem noção que seus desejos muitas vezes são incompatíveis com a realidade. Por isso pedem o mundo, cabe aos pais definir o que é plausível e possível ou não (coisa que a maioria não faz).

Os adultos precisam negociar internamente sobre o que tem vontade de fazer e o que deve ser feito. Obrigações sociais, financeiras, emocionais costumam ser vistas como pesos inúteis pelos infantilizados de carteirinha. Para o adulto de verdade as chamadas obrigações são atividades que denotam respeito pelos outros e empatia. Aquilo pode não ser interessante e importante para mim, no entanto é para os outros e por isso eu faço. Generosidade também é um atributo da vida adulta madura.

O adulto não resmunga, age.


4- Gerenciar nossa vida

As crianças são passivas quanto à sua agenda e a execução de seus objetivos, pois ainda não desenvolveram um senso especializado de organização. Estão reféns da agenda dos pais.

Para obter sucesso em qualquer área da vida os adultos precisam criar um método de execução de tarefas. Começo, meio e fim são palavras comuns aos adultos, mas para os que se acham adultos só existe começo, dificilmente meio e raramente fim. Deixam pontas soltas na vida o tempo todo.

O senso de praticidade é uma ferramenta fundamental para quem quer ser feliz e não espera as coisas cairem do céu. Organização de finanças, tarefas, projetos e objetivos de vida são parte essencial de sua jornada. Sabem para onde vão e criam meios para atingir seus sonhos.


5- Rotas de solução

As crianças costumam lidar com problemas que não exigem muito mais que algumas manobras.

Os adultos lidam com questões que demandam múltiplos passos. Portanto, se eles querem algo para si precisam trilhar um caminho que pode ser mais longo, mas que cheguem em solução definitivas.
Os adultos-crianças escolhem o caminho curto que na realidade nunca equalizam a questão real, ou seja, empurram a vida com a barriga. Usam mecanismos de defesa para fingir que tudo segue bem, quando na realidade sua vida é uma bola de neve ambulante.


6- Sustentar paradoxos difíceis

Ser criança é fazer escolhas leves, doces e encantadas. É preto no branco.

Na vida adulta precisamos lidar com paradoxos de difícil compreensão. O vazio existencial X o sentido da vida, o desejo X realidade, o ser X o ter, o coletivo X individual.
Para o sabichão de 5 anos emocional só pode uma coisa ou outra, tudo é excludente. Para o adulto é possível que realidades aparentemente contraditórias coexistam se ele perceber que não precisa optar por um ou outro. Dinheiro e felicidade podem viver lado a lado, vida centrada em si e no outro também.

7- Moral diferenciada

Na vida infantil a moralidade se faz entre regras que recaem em recompensas e punições, na adolescencia vai para escolhas certas e erradas e na vida adulta surge a clareza de valores e princípios que devem ser vistos com singularidade cuidadosa.
Para a criança emocional que habita grande parte dos adultos só existe um mundinho de regras criadas pelo pai e pelo seu grupo de convivência familiar e religiosa e ponto final. Tudo que saia daquele círculo de regras lineares e previsível é considerado pecado, imoral e erro. Não há questionamento, só regras prontas. Tudo o que elas leem é encontrado numa caixa ou em outra.

O adulto de verdade é um cientista e filósofo moral, precisa meditar e refletir com calma para fazer escolhas sensatas baseado em princípios que não são óbvios. Nada está pronto porque entende que apesar de existir uma tradição moral na prática ele precisa levar em conta cada particularidade da questão em jogo.

8- Egoísmo ou altruísmo

Crianças pensam em si e quando pensam nos outros é por si mesmas. Ela ainda não consegue pensar plenamente no outro pelo outro.

Os pseud-maduros estão o tempo todo pensando em seus próprios interesses excluindo radicalmente qualquer impacto que recaia sobre os outros. Quando pensam no outro fazem de forma utilitarista enquanto papéis que possuem. Não pensa no pai, na mãe, no marido, na esposa por si mesmos, mas pelo que vai recair sobre eles. Não pensa no bem-estar genuino dos outros, mas se aquilo vai afetar o seu conforto pessoal.

Se uma decisão sua for criar felicidade para o outro e não para si ele veta. O adulto de verdade é capaz de tomar decisões que incluam as pessoas a partir do ponto delas. Portanto, é capaz de liberar os outros de pesos pelo sua própria infelicidade. Se precisa deixar a pessoa amada partir para uma vida realmente plena uma pessoa madura deixa.

9- Direcionamento pessoal

Crianças vivem para satisfazer necessidades básicas de carinho, alimentação e interação social sem muito compromisso.

Adultos tem um direcionamento pessoal, um senso de propósito pessoal que o torna uma pessoa singular e não um indivíduo numa manada sem identidade própria.
O adulto tem uma responsabilidade pessoal pela sua vida e do planeta que vive, portanto, quer contribuir com algo mais do que pagar as próprias contas e se queixar do governo. Ele cria algo diferenciado para melhorar o mundo à sua volta. Não precisa salvar o planeta, mas uma realidade qualquer que esteja ao seu alcance. Ele poderia ficar calado como muitas pessoas que negligenciam os vizinhos, mas escolhe melhorar a qualidade de vida de todos que pudem.
O adulto de verdade tem um horizonte, que pode ser revisto de tempos e tempos, mas segue aquela filosofia pessoal como um lema e deseja deixar algum legado significativo. Não vive como uma bolinha pipocando sem rumo. Mesmo se permitindo momentos de incerteza ele tem uma sensação de plenitude interna


10- Nível de complexidade

O processo de amadurecimento é de constante complexificação. Soluções de hoje não funcionam amanhã pelo simples fato que novas realidades se mostram na medida que enxergamos mais longe.

As pessoas infantis são aquelas que continuam dando as mesmas respostas para questões novas e mais complexas. Ignoram o fato de que não é possível consertar um motor de carro só com prego e martelo.

Os adultos são aqueles que nunca se permitem paralisar no tempo e não acham que o passar do tempo garante maturidade espontânea, afinal existem muitos idosos imaturos. Fisicamente, emocionalmente, socialmente, intelectualmente estão sempre aperfeiçoando suas técnicas e estratégias.

Entendem que quanto mais pessoas envolvidas mais complexa é sua capacidade de decisão. Vida de solteiro é diferente de acompanhado e além disso com filhos e uma empresa. Aceitam o ônus que vem acompanhado de mais responsabilidade e até buscam isso, afinal gostam de desafios mais complexos e intrigantes.

11- Autonomia

A criança não tem autonomia para decidir e responder pelo que faz porque naturalmente não tem recursos físicos e psicossociais para gerenciar o impacto da realidade sobre si.

Os adultos-crianças também fingem que são incapacitados e querem sempre permanecer com algum nível de dependência dos outros mesmo tendo a possibilidade de agirem por si mesmos.
Procuram sempre os pais como sua muralha de segurança financeira, psicológica e social. Como consequência se sentem muito independentes quando na realidade são inconsequentes que assumem com dificuldade as reações de suas atitudes.

O adulto vive como se estivesse por conta, lógico que reconhece sua vulnerabilidade e necessidade de carinho, afeto e apoio, mas consegue sobreviver em situações que não é aplaudido, endeusado ou privilegiado. Seu ego é maduro o suficiente para cultivar uma interdependência saudável.


O problema, portanto, é que existem muitos adultos agindo como se fossem crianças exatamente porque quando criança queriam agir como adultos. Cada coisa a seu tempo, todas as idades tem sua beleza, nostalgia infantil não cabe mais. Para ter as alegrias da vida adulta é preciso usar dos mecanismos apropriados que só os adultos possuem.
Não espere que as pessoas tratem você como adulto se os meios que utiliza são de uma criança em formação

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Com cabelos ao vento


Sol de Primavera

Beto Guedes

Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender..

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Esmalte da Vez- Boca de sino



2 camadas porque ele é bem fininho, neutro, comum.

Bebezão


Post: Casal cuti-cuti

Você é o torturador de si mesmo!
Qual a sua sensação quando vê o vídeo abaixo?
Você já deve ter convivido com esse tipo de casal que fala como criança. Alguns sentem vergonha alheia, principalmente quando eles não se reservam o direito de fazer essas demonstrações em público.
Não quero quebrar o barato dessa rotina cuti-cuti, mas tentar explicar porque os personagens Max e Ivana da novela “Avenida Brasil” encarnar um tipo curioso de dinâmica (bem comum) que existe entre alguns casais.
Aposto que ela está falando "Nhu-nhu-nhu"

Relacionamentos são desafiadores de uma forma geral, porque confrontam nossos desejos, ambições e capacidades psicológicas. No convívio íntimo é que nossas limitações e virtudes são evidenciadas.
Nessa hora as vulnerabilidades ficam à flor da pele.
O casal cuti-cuti em especial manifesta um tipo de expressão emocional infantilizada, particularmente no momento de intimidade sexual ou afetiva. É como se a expressão dos sentimentos mais profundos exigisse um tipo de abertura muito difícil  em que a pessoa recorre à uma ação defensiva ou uma máscara de infantilidade.
Porque ao dizer “eu te amo” uma pessoa não pode dizer em tom adulto e precisa falar “criancês”?
Lembram do Cebolinha da Turma da Mônica quando ele falava tudo “tlocado”? A sensação ao ouvir ele falar é de uma criança que ainda não saiu da infância mais profunda.
Imagine um adulto que não consegue expressar os seus desejos sem usar o recurso da infantilização. O que está por trás desse receio? Muitos que falam como bizunguinhos e usam tudo no diminutivo vão questionar que não tem receio de nada, então por que não fazem um teste e param? Um vício se evidencia quando temos que interromper o uso.
Uma mulher ou um homem que usam esse recurso parece que tem algum tipo de dificuldade em associar o desejo com uma expressão adulta. Como se o amor fosse uma coisa e o desejo sexual outra e ambos incompatíveis.
O que está acontecendo quando um adulto evoca a imagem de uma criança para incitar tesão? Uma cisão entre o mundo puro, inocente, gracioso e sem malícia da criança e o mundo adulto do carinho, desejo, tesão e sexo maduros.
Num caso que a mulher fala como criancinha para pedir carinho, atenção e tesão do parceiro ela na realidade tem um receio subliminar de agir como uma mulher madura que assume todas as consequências de si mesma. É como se ela estivesse evocando o pai não o homem. E o parceiro que corresponde de alguma maneira alimenta essa dinâmica esquizo-afetiva de mundos que não se tocam. Ele quer assumir o papel do pai que está no controle da identidade daquela mulher. O seu próprio desejo é imaturo, pois se excita com uma mulher que se mostra frágil e vulnerável como uma menininha de 5 anos.
Essa fixação linguística do amor denuncia a dificuldade que muitos tem em assumir o amor como uma realidade madura e não uma relação de dependência e passividade inocente.
É curioso como muitos homens tem em casa a mulher cuti-cuti para exercitar a paternidade amorosa imbatível dele e depois saem com a mulher (ou sustentam uma fantasia) que geme e fala de verdade, com força e ímpeto de mulher, sem nenhum nhuco-nhuco.
Para aqueles que se indignaram e acharam exagero e que estão longe de ser como o Max e a Ivana da novela se coloquem à prova desse vício emocional, lanço o convite: 10 dias sem bizunguices… Se quiser, depois volte a fazer, mas notará algo diferente em você


direto de Blog: Sobre a Vida
19 de Setembro de 2012 8:00

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

No clima


Primavera

Tim Maia

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Extralasting- Delineador

Comprei o marrom mas é bem escuro, quase preto, aplicador super fininho, duração excelente, Adorei!


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Confortável e cômodo


Post: Na casa do papai depois dos 30

Quando o assunto é morar na casa dos pais depois dos 28 anos (só para não dizer 25) me lembro de 3 histórias.
1- Eu: Como é a relação com seus pais?
Mulher solteira com 31 anos: Boa, maravilhosa, eles são ótimos.
Eu: E isso é bom?

2- Homem: minha ex-psicóloga me disse que o fato de eu não ter nenhum relacionamento amoroso tinha ligação com os meus pais, não gostei do que ouvi e vim pedir uma segunda opinião.
Eu: mora com eles aos 33 anos?
Ele: sim.
Eu: Talvez você tenha que buscar uma terceira opinião.

3- Eu tinha uns 16 anos e ouvi com vergonha alheia um vizinho de rua de seus 35 anos que urrava com os pais “eu não aguento mais morar nessa casa, nem pra trazer meu jantar no quarto essa mulher presta! (provavelmente apontava para a mãe)”

O que essas três situações tem em comum?
Pessoas adultas que tem uma relação infantilizada, com dependência emocional, financeira e existencial dos pais. E com um agravante, nem se davam conta que suas vidas estavam empacadas por conta disso.
É assim que o mundo dos adultos vê você quando diz que está com a razão
Explico. Relacionamento com os pais é quase um funcionalismo público, pode deixar a pessoa emocionalmente acomodada por ser um tipo de atividade vitalícia e sem avaliação de desempenho, quase incondicional em que tudo vale.
Pense na relação de um pai/mãe com um filho adulto certamente não é uma relação de adulto-adulto, algo que simula isso, mas vem da ordem de adulto-criança. Mesmo que os dois lados relutem e se debatam nessa ideia o ponto é que por mais adultos que sejam para os pais sempre serão crianças frágeis.
Esse tipo de estrutura relacional pode criar debilidades sutis na maneira de atuar no mundo de uma forma geral. É como se fosse um vício psicológico subliminar de esperar que as pessoas ofereçam algo de especial e privilegiado à elas. Quase uma condição passiva e que carrega uma sensação imperceptível de retaguarda social. Mesmo os que dizem pagar suas contas e ajudar nas despesas de casa no fundo eles sabem que se suas aventuras financeiras derem errado haverá alguém por perto para amparar.
A pessoa que está por conta tem menos propensão de sentir esse muro de arrimo atrás de si. Se realmente não depende dos pais ela sente que se não correr atrás de seus sonhos e colocar a mão na massa ninguém vai fazer cara de dodói, passar a mão na cabeça e perdoar os errinhos do bebê.
Um relacionamento amoroso é de outra ordem, parece mais com um empreendimento onde não há garantias, é preciso dedicação contínua, análise de resultado, troca de experiência e quase não temos descanso, afinal não há certezas numa variação de mercado constante.
Imagine uma pessoa com mentalidade de funcionalismo público tentando agilizar o próprio negócio. Fracasso certo. Motivo pelo qual muitos que precisam pedir autorização para trazer o namorado/noivo para “dormir” em casa acabam naufragando em suas relações amorosas.
A ideia de ter que prestar contas sobre horário, rotina e sumiços, ainda que não declaradamente, cria uma sensação de supervisão constante. Como se houvesse um “anjinho” da guarda olhando por nós. Isso por si só já responde por um comportamento de eterna espera por milagres que não surgem na vida de quem sempre aguarda um futuro melhor sem construir um presente vívido e concreto.
A pessoa acostumada com os mimos da relação com os pais dificilmente consegue se adaptar numa relação amorosa se espera as mesmas coisas e oferece o mesmo desempenho que tem com os genitores.
Muitos alegarão limitação financeira, afinal, fantasiam o sonho da casa própria. Honestamente? Quem quer aprender a se virar mora de aluguel, república, cabana no meio do mato, sei lá, mas não fica esperando as condições ideais para dar o passo decisivo.
Por mais amorosos e cúmplices que os pais sejam não apaga o fato que não é de amor que estou falando, mas autonomia, fibra, responsabilidade pelas ações que toma e suas consequências.
Exagerado? Talvez, mas num país como o Brasil que tem uma geração de grandes adolescentes  de quase 40 anos mamando no bolso (e no colinho) dos pais não é de se espantar que tenhamos políticos que tratam o dinheiro público como uma grande teta emocional (e financeira)



Vai sair em Blog: Sobre a Vida
17 de Setembro de 2012 8:00

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Música da semana- Luz, cama e ação

Luz, cama e ação- Turma do pagode

Tu se prepara, que a noite é nossa
De hoje não passa, não vai ter pra onde correr
Já faz tempo que só provoca
E eu na minha esperando acontecer
Tu se prepara, que a noite é nossa
Toma cuidado quando eu pego é pra valer

Quando eu pego é pra valer
Não adianta fazer charminho
Tenho certeza, não vai me esquecer
Tanto tempo esperei por esse momento
Tenho que me preparar, vinhos, flores e muito mais
Mas o mais importante é ter..

Luz, pra eu poder te admirar
Cama, pro nosso amor se lambuzar
E ação, pra nossa noite esquentar

Link: http://www.vagalume.com.br/turma-do-pagode/luz-cama-e-acao.html#ixzz3bAKWIrCd

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Paleta de sombras

Swatch de uma cor que uso muito da paleta de cores matte. Perfeita, mesmo esfumadinha. O esmalte é o Grande Atração da Colorama.




terça-feira, 4 de setembro de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O sucesso


Rodrigo Amarante da banda Los Hermanos e disse algo que é valioso numa entrevista em que o jornalista queria desfazer ou relativizar a qualidade de seu trabalho musical:
“é comum no Brasil as pessoas acharem que fazer sucesso é ruim, negativo, ‘se faz sucesso não deve ser bom’. Isso é uma ingenuidade tanto da imprensa quanto das pessoas (…) acho que é ruim para quem é fraco e tem medo de perder isso.”
Esse é seu maior medo
Realmente, o sucesso é um grande fantasma, desejamos e tememos simultaneamente. Associamos sucesso também a popularidade (e unanimidade) para validar a qualidade de nosso trabalho.
Existem trabalhos e pessoas de sucesso que não tem qualidade, pessoas de sucesso que tem qualidade, pessoas sem sucesso que tem qualidade e pessoas sem sucesso e nenhuma qualidade. Portanto, sucesso e qualidade não estão necessariamente ligados, um pode existir sem a outro.
O desafio de muitas pessoas atingirem o sucesso é exatamente esse desprendimento de poder atingir o topo ou não e mesmo assim seguir em frente.
Na maior parte das vezes as pessoas que nunca atingem o sucesso guardam uma megalomania secreta que as impede de tentar algo com ações práticas e efetivas simplesmente porque temem ter sua autoimagem idealizada corrompida.
É como o mau aluno que não estuda. Ele acha que não tem nada a perder, se tirar uma boa nota irá alegar esperteza, mas se tirar uma nota baixa dirá “eu nem estudei de verdade, não importa essa nota”. Assim somos, dissimulando nosso real desejo de ter sucesso para não correr o risco de ter imagem idealizada de si corrompida. Muitos aceitam os chamados pessoais e se escondemos atrás de uma filosofia de perdedor: “eu nem queria” ou “não é pra mim” ou “isso não tem valor”.
Sim, você queria. Não, você não conseguiu. Isso é demais para sua sensibilidade megalomaníaca que só aceita a glória?
A humildade dos que se destacam provavelmente surgiu de um raciocínio bem diverso do comum. Eles, em sua maioria, pensaram:
“eu quero chegar lá, preciso trabalhar duro, sem distrações, por muito tempo, expandindo sempre, procurando parceiros confiáveis e competentes, oferecendo algo muito bom e estando aberto à reformulações necessárias no meio do caminho”
Havia bom senso e flexibilidade em sua trajetória, não aquela soberba do tudo ou nada. A determinação surge de uma capacidade de se aplicar exaustivamente e sem desistências fáceis ao menor indício de quebra de expectativas. Além disso a dedicação de aperfeiçoamento contínuo que garanta destaque da pessoa em relação ao seu próprio desempenho e não aos outros.
Sair do limbo do desempenho mediano não é tarefa para pessoas que tem um ego frágil e suscetível à mínimos contratempos que desassosseguem sua vaidade.
As pessoas que costumam atacar pedras em quem tem sucesso (grande parte dos brasileiros) com certo desdém normalmente são aquelas que não conhecem o valor do trabalho duro e são afeitas a destruir o que os outros constroem simplesmente por despeito e inveja. Os detratores inveterados costumam ter um pensamento fantasioso de que ela teve destaque porque se deixou corromper por forças malignas. Pequenas em sua vontade de realizar algo significativo transferem seu sentimento de insignificancia criticando aqueles que alcançaram destaque. Daí surge a crítica perspicaz de Rodrigo Amarante em relação aqueles que não tentam e fazem frente a quem tentou e conseguiu destaque “as pessoas se incomodam é de a gente ter feito sucesso”.
Será que muitos que desejam alcançar o sucesso conseguem atravessar o longo e duro caminho de continuar a vida em frente mesmo que nenhum outro arroubo de glória aconteça? Qual o problema de ser um ator de uma novela só? Qual o problema de ser o ator de novela nenhuma?

Música da Semana- Por Enquanto

Mudaram as estações  nada mudou Mas eu sei que alguma coisa aconteceu Tá tudo assim, tão diferente Se lembra quando a gente  chegou um...